Com ocupação de 85% dos leitos, governo do RN limita horário de bar e restaurante

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A taxa de ocupação dos leitos destinados ao tratamento de pacientes graves com o novo coronavírus no Rio Grande do Norte voltou a aumentar, atingindo 85,1%. Conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde Pública, 12 das 20 unidades hospitalares com leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para a Covid-19 estavam com 100% de ocupação na manhã deste sábado (20), enquanto outras três apresentavam pelo menos 90% de ocupação.

Diante desse cenário, o Governo do Estado tomou medidas restritivas, publicando um decreto no sábado, válido pelos próximos 14 dias, com o objetivo de conter a propagação do vírus e reforçar o cumprimento das medidas de isolamento social.

O decreto, assinado pela governadora Fátima Bezerra (PT), inclui as seguintes restrições: proibição do atendimento ao público em bares, restaurantes e estabelecimentos similares após as 22 horas, com fechamento obrigatório após as 23 horas; proibição da realização de festas ou eventos patrocinados por entes públicos ou privados; e restrição da comercialização de bebidas alcoólicas e consumo em locais públicos após as 22 horas.

Além disso, o decreto recomenda a implementação de barreiras sanitárias, a intensificação do monitoramento e rastreamento das medidas sanitárias em municípios turísticos, com apoio das forças de segurança estaduais para coibir aglomerações e garantir a observância das medidas de enfrentamento ao coronavírus.

A decisão foi baseada em recomendações de um comitê científico que analisou o aumento de casos confirmados e o tempo de internação de pacientes no estado. Embora o cumprimento das normas pelos municípios seja facultativo, as principais cidades, Natal e Mossoró, não publicaram decretos vinculados à medida estadual até o momento.

Em termos absolutos, dos 269 leitos críticos habilitados para o tratamento da Covid-19 no estado, 222 estão ocupados, 8 bloqueados (2,97%) e 39 disponíveis (14,50%). A situação é mais preocupante na Grande Natal, onde a ocupação se aproxima dos 90%, concentrando a maior parte da população residente no estado.

A Fecomércio do Rio Grande do Norte criticou o decreto, expressando preocupação com o impacto severo nas atividades comerciais e empregos, argumentando que a maioria dos estabelecimentos cumpre rigorosamente as regras de biossegurança e distanciamento social.